sábado, 2 de agosto de 2008

Maturidade

Segue o excerto de um ensaio maravilhoso, encontrado no ex-blog de Carlos Vargas. Não pedi a ele para postar esse trechinho aqui, e espero que o homem não se incomode.

O homem maduro é aquele que torna a sua alma dócil à razão, fazendo da aceitação da realidade o seu estado de ânimo habitual e tornando-a capaz de orientar a sua comunidade para o bem. Em relação aos sentimentos, ele ama o que deve amar e odeia o que deve odiar, superando as inclinações arbitrárias das pressões e atrativos do meio social. A maturidade enfatiza a clara compreensão do sentido da vida e o senso de direcionalidade e intecionalidade. Ela corresponde no desenvolvimento da personalidade àquelas fases quando o ego passa da simples afirmação do poder pessoal típico da adolescência para a realização de um poder efetivo. Isso significa que o homem maduro, aquele que o Filósofo chamava de "spoudaios", possui os meios para resolver as principais questões da sua vida, como se fossem quatro círculos concêntricos que incluem: a vida natural (desenvolvimento físico e biológico), da sua vida social (interesses afetivos e econômicos), a vida política (enquanto cidadão ativo na sociedade) e a vida intelectual (como participação na "comunidade humana").No desenvolvimento temporal humano cada camada é uma síntese da personalidade inteira, na medida em que se separam as etapas cronológicas, mas trata-se da mesma psiqué. A diferença entre cada etapa é que cada uma tem um novo objetivo de vida, um novo propósito para onde se dirige o todo da personalidade.

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