As semelhanças assombrosas naquilo que se produziu de mais elevado em culturas diferentes levaram alguns estudiosos a pensar em constantes da consciência humana, numa espécie de arcabouço simbólico comum. É difícil não se inclinar pelo menos um pouquinho para essa concepção quando a gente se depara, por exemplo, com esse verso de Píndaro (está lá na Segunda Ode Pítica):
genoi hoios essi mathôn
aprenda, e torna-te o que és
e compara com esse verso do Bhagavad Gîtâ:
kṣudraṃ hṛdayadaurbalyaṃ tyaktvottiṣṭha paraṃtapa
encha-te de coragem contra teus inimigos e sê o que realmente és!
O sentido, a expressão empregada, o ânimo com que ela é proposta... é quase tudo igual. É possível que Píndaro, em meio a seus estudos pitagóricos, acabasse tomando conhecimento dos Vedas. Ainda assim, a correspondência não deixa de ser fascinante.
Refutar o Tesouro de Sabedoria Tradicional, pelo jeito, dá mais trabalho do que parece.
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